quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Quando o exemplo vem de cima...

Foi notícia esta semana que Cavaco Silva abraçou a causa da poupança energética . A ideia que esta iniciativa possa ser seguida por Governo e sector productivo de capital público seduziu-me francamente. A ideia que esta medida ilumine os privados, mais ainda!

Embora sendo uma notícia mais antiga (reparei que a placa já era de 2006), fui surpreendido esta manhã pela descoberta que o Presidente do Clube de Futebol que melhor representa a minha cidade utiliza um automóvel híbrido, um Lexus 450h (o mesmo que Al Gore exigiu na sua breve passagem por Portugal), quando pensava que usasse um daqueles atentados ecológicos, comuns entre as viaturas de luxo. UAU!!!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

René, René, René

Este

não

é

um

post

acabado

capitalismo humanitário

Há algum tempo que concordo com uma afirmação dos dirigentes sindicais deste país:quem mais lucra com o crescimento económico são os capitalistas (por oposição aos trabalhadores), onde se incluem os possuídores de capital, de propriedades ou de iniciativa empreendedora.
O que não percebo é porque a forma de reacção a esta constatação de facto se limita a chamarem-lhes "porcos", em vez de se virarem para os trabalhadores que representam e dizerem "imitem-nos!".
Há um tempo que acredito que é esse o caminho. Cedo acompanhei - na medida do possível - o plano de privatizações, tornando-me "capitalista". Cedo percebi que em vez de emprestar dinheiro ao banco para este emprestar às empresas, melhor era faze-lo directamente através de fundos de obrigações.
Tornar-me proprietário da habitação própria também foi um passo seguido, se bem que este seja comum. Porque não acredito ter know-how suficiente numa àrea específica para embarcar num negócio sozinho, não enveredei ainda por este caminho do empreendedorismo, embora admire quem o faça.
Recentemente tomei conhecimento de mais um canal para esta senda do capitalismo popular de que sou adepto: empréstimo (quase)directo a particulares. Há um site que junta pessoas que não conseguem recorrer ao crédito bancário normal e em vez de aceder a agiotas ou àquelas empresas que emprestam a juros absurdos, procuram pessoas com dinheiro para investir, que aceitam algum risco de incumprimento em troca de um juro bem melhor do que os dep. a prazo. Descobri depois que Prosper é apenas de e para americanos. [confesso, este site está pejado de pessoas que se atolaram no credito ao consumo, que francamente ,não me suscitam mínima compaixão]

Esta semana a Visão trouxe aos meus olhos um site inovador: Kiva aplica este mesmo princípio de aproximar aforradores a credores. No entanto, em vez de se dirigir a americanos "entalados", os beneficiários são pessoas de países sub-desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento que acreditam que, com um pequeno emprestímo e a sua força de vontade, conseguem saír do ciclo de pobreza em que estão encurralados. E isto com somas muito pequenas (para os conceitos ocidentais, entenda-se). Na prática isso é a aplicação dos princípios do microcrédito do sr. Yunus e o seu Grameen Bank, cujo Nobel de 2006 eu festejei no dia 13 deste mês e torná-lo disponível a qualquer pessoa que queira ajudar!!!
Este site fez-me lembrar um livro que estou a ler, onde diz que, se os países ricos doassem/investissem o que prometem, pouco mais do que 1% do PIB, a probreza mundial se extingueria em 20 anos ou os 20% da população que vivem com menos de 1 US dolar/dia ultrapassariam essa fasquia.
Sinto-me verdeiramente tentado a contribuir com o meu 1% de "PIB" para esta causa! E, a julgar pelo testemunho do sr.Yunus (que diz que neste tipo de crédito a tx. de incumprimento é inferior ao dos bancos comerciais), para o próximo ano vou poder passar a 2%, e por aí adiante!

domingo, 27 de janeiro de 2008

ai meu muito querido Timor...

Por K. - Liquiçá, Timor-Leste, Junho 2005

Quando, hoje de manhã, li sobre a morte de Suharto fiquei contente por o mundo se ter livrado de mais um ditador e achei que o meu querido Timor se estaria a rejubilar.

Procurei nos vários locais onde costumo ver as notícias deste país que me está no coração (por exemplo aqui) e constato que está a ferro e fogo e nem uma referência à notícia.

De vários documentos consultados e leituras efectuadas a este(s) respeito ficou a constatação de que 'já não há heróis' ou, talvez pior que isso, que os heróis não o são para sempre!

Xanana tem vindo a perder o seu estatuto, já não sobram muitas ilusões...

actualização - 28Jan
Afinal houve várias referências à morte do ditador (referimos algumas):
suharto leaves a legacy of stability in indonesia
the death of suarto is the reminder of the west's ignoble role in propping up a murdorous regime
indonesia: suharto's death the chance for victims to find justice
suarto buried in state funeral
lasting legacy of suarto era
quem lhes perguntou se eles não guardam ressentimento?
morreu
suharto/óbito: MNE Luis Amado evita comentários por "respeito pelos mortos"

dois milhões de mortos não se podem branquear
o inferno é para quem o merece
que nojo. vendido - Xanana vai ao funeral de S

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A minha nomeação definitiva à luz da Public Choice

Por todo o mundo ocidental é habitual dizer-se mal da administração pública. Este movimento ganhou dimensão, em grande medida, pelo aproveitamento ideológico que os governos do Presidente Reagan e de Margaret Thatcher fizeram de uma corrente científica denominada Public Choice (Escolha Pública), que se desenvolveu nos anos 70 do século passado.

A Public Choice consiste, muito sinteticamente, numa aplicação de pressupostos económicos à análise política, nomeadamente, o primado do individualismo metodológico. Os defensores da Public Choice interrogavam-se: se o consumidor no mercado opta por produtos que maximizam o seu bem-estar ao menor preço, porque razão haveriam os indivíduos de se comportar de modo altruísta na política e na administração pública?

Em relação à administração pública, os defensores da Public Choice, a começar em William Niskanen (1971), argumentam que os administradores (aqueles que ocupam cargos de direcção) procuram maximizar os orçamentos dos serviços pelos quais são responsáveis, o que lhes aumenta a possibilidade de alargar o quadro de funcionários, garantindo desse modo mais poder e prestígio. Adicionalmente, como não estão pressionados por factores competitivos, os serviços públicos são pouco produtivos e abafam todas as iniciativas e capacidade de inovação dos funcionários. Em consequência, todos os indivíduos esforçados, diligentes e inovadores trocariam a administração pública pelo sector privado, ficando aquela com os piores funcionários, tanto em competência quanto em capacidade de iniciativa. Assim, os argumentos do "interesse público" ou da "vontade geral" de Rousseau não teriam aqui lugar, pelo que nunca poderíamos esperar das pessoas que se comportassem na administração pública de forma distinta do seu comportamento no mercado.

A partir destes argumentos, desenvolveu-se uma corrente ideológica de direita defendendo uma diminuição do peso do Estado na economia e, em particular, os já famosos cortes na administração pública. O aproveitamento ideológico é de lamentar, sobretudo porque não é necessário diminuir o peso do Estado, mas sim definir um conjunto de incentivos, tal como na economia, que levem os funcionários públicos a maior esforço e produtividade. Tal passaria, por exemplo, por estabelecer competição entre serviços públicos e privados sempre que possível, promover a remuneração com base no mérito atribuindo salários diferenciados consoante o desempenho e criar consequências e penalizações para os serviços e indivíduos que não atinjam os objectivos estabelecidos.

Esta longa entrada serve para um desabafo pessoal. Ao fim de 13 anos e 99 dias, assinei hoje o vínculo de nomeação definitiva na função pública. Ao longo deste período de tempo, tive três contratos administrativos de provimento (os famosos C.A.P.), em que cumpri escrupulosamente os objectivos que me impuseram. A recompensa chega agora no formato de um vínvulo mais estável, mas que demorou mais a conquistar do que a generalidade dos vínculos dos funcionários públicos. Aliás, diga-se em abono da verdade que, a carreira académica é das mais exigentes em termos de provas de aptidão para subida na hierarquia.

A versão ideológica da Public Choice prevê que, agora que conquistei a nomeação definitiva, me vou tornar num funcionário preguiçoso, apático e sem iniciativa. Mas as teorias foram feitas para isso mesmo: serem refutadas.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Assim. Estupidamente.

Conheci a Gordana numa quinta-feira ao almoço há quase oito anos atrás. A minha amiga Arianna, linda filha do Mediterrâneo, tinha dito maravilhas dela e eu, solteiro e disponível, estava obviamente curioso para a conhecer.

O almoço foi animado. Éramos 4. Todos entre os 25 e os 30 anos. Eu, a Arianna (italo-espanhola), o Benjamin (espanhol) e a Gordana (Croata). Sempre que havia oportunidade, os europeus gostavam de conhecer outros europeus e dar umas "bicadas" na América que nos acolhia. Tínhamos uma relação de ambivalência com os Estados Unidos: um sistema educativo que nos permitia fazer um programa de doutoramento com muita qualidade, mas hábitos e costumes aos quais jurámos nunca nos converter.

Gordana era linda. Cabelo comprido liso, loiro da cor do sol, olhos azuis, lábios grossos e um sorriso sincero, enternecedor. Tinha namorado a viver em Tampa, Florida, a cerca de 4 horas de viagem de Tallahassee, onde estudávamos. Foi visitá-lo no fim de semana seguinte.

Morreu de acidente de automóvel no regresso, três dias depois de a ter conhecido. Assim. Estupidamente.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Clubbing: "Nova York no Porto..."



A melhor noite do mês no Porto: Clubbing!
Música: de diversos géneros, espalhados pelos vários corredores e salas
Gente: aquela franja da população atenta à dinâmica cultural da cidade, descontraidamente chic
Local: uso dos corredores e bares para funcionalidades diferentes da básica, na Casa da Música - where else?!
Próximo evento: 16 de Fevereiro

"tens lumes?"

Será que o Governo analisou convenientemente as consequências desta nova Lei?
Acabaram de assassinar a mais batida linha de abordagem de todos os tempos!
Dentro dos bares perdeu sentido. Para a malta que está fora do bar a rapar frio, é desnecessária porque é óbvio que tem lumes para dar.
Ou será que afinal o Governo conhece bem o povo que o elegeu e sabe que entre as nossas características se encontram a adaptabilidade e a criatividade?
Qual será a nova linha ? "Olá, tens um chupa-chups?"

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Lello: das mais belas livrarias do mundo



Finalmente saiu do anonimato!

O The Guardian numa avaliação das mais bonitas livrarias do mundo incluiu, em 3º lugar, a Livraria Lello, na mui nobre cidade do Puorto.
Questionamos sempre a validade destes rankings e até do interesse. Mas neste caso, como a livraria é nossa: bem hajam o The Guardian e os rankings!

Ah! E porque temos mau perder, se virmos bem, até deveria ser a 1ª livraria mai linda do mundo porque as que estão em 1º e 2º lugar não foram construídas de raíz para serem livrarias, são uma igreja (Maastrisht) e um teatro (Buenos Aires) adaptados.

Vejam aqui em 360º

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Do outro mundo

Os New England Patriots, os NEW ENGLAND PATRIOTS, são uma equipa de futebol americano de Boston. Graças à combinação de várias tecnologias tenho podido assistir a alguns jogos da equipa, que se prepara para ser a melhor de sempre do futebol americano. Depois de uma temporada regular perfeita, sem derrotas e com 16 vitórias consecutivas, os Patriots são uma espécie de F.C.Porto da era Mourinho, mas ainda mais perfeitos. O treinador, Bill Belichick também é parecido com o português, mas com a agravante de ser mais velho e, por isso, ainda mais rezingão. Ainda assim, Belichick e o quarterback Tom Brady, que já venceram três Superbowls nos últimos seis anos, preparam-se para fazer uma temporada perfeita, caso vençam os últimos dois jogos da temporada. Primeiro jogam contra os San Diego Chargers no próximo Domingo e depois, caso vençam, defrontarão o vencedor do jogo entre os Green Bay Packers (do Michigan) e os New York Giants, em que os primeiros são claros favoritos.

A minha paixão pelo futebol americano vem do tempo da minha estadia nos Estados Unidos, mas até agora ainda não tinha conseguido condições técnicas para ver os jogos via internet. Podia ter-me apaixonado por basebol ou, como muitos portugueses, pelo basquetebol da NBA, mas foi o futebol americano que me encantou.

O conceito é brilhante e, compreendendo a execução, os jogos tornam-se fascinantes. Lembram-se quando eram mais pequenos e jogavam ao Risco? O conceito central é a conquista de território, algo em que os americanos são especialistas, e a forma é a especialização do trabalho quase elevada ao absurdo. Na verdade, cada equipa de futebol tem três equipas: uma para atacar, uma para defender e uma terceira especialista em remates: na abertura do jogo, após os ensaios (touchdown), nos field goals (uma espécie de pontapé de penalidade do ragueby) e nos punt returns. Uma espécie de fordismo aplicado ao desporto. Uma coisa verdadeiramente encantadora, se ignorarmos a dimensão física do jogo, que implica empurrar, agarrar e derrubar os adversários para garantir espaço ao portador da bola.

No próximo Domingo, a partir das 20 horas, não me telefonem, não me mandem mensagens e agradeço que me ignorem. Vou estar em frente ao ecrã de computador a ver os fabulosos New England Patriots a fazer história!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Uma bacalhoada sem fumo, por favor!

Nos últimos dias, a nova lei do tabaco tem sido atacada por inúmeros comentadores iluminados da nossa praça. Só no dia de ontem, ouvi quem lhe chamasse "ditatorial" e "fundamentalista". Claro que, não acidentalmente, os autores das injúrias são todos fumadores (Ó Miguel! Eu tenho tanto respeito por ti... não havia necessidade!). Em contraste, ainda não ouvi nenhum não fumador reclamar com saudades dos tempos em que podia comer com aquele cheirinho agradável a cigarro, ou um funcionário queixar-se de não conseguir concentrar-se com o ar puro que afecta agora a repartição pública onde trabalha.

Este é um caso típico de uma minoria muito empenhada, com preferências intensas (tal como o cheiro, aliás) e uma imensa maioria, uns 75% da população portuguesa, pouco mobilizada para defender o que é de elementar justiça: o direito ao ar puro. Se os partidários fanáticos dos referendos sugerissem um para a nova lei, a rejeição seria imediata devido a uma elevadíssima taxa de abstenção. O tempo de antena concedido aos fumadores é tanto que a vitória estaria certamente assegurada.

Desde que a nova lei entrou em vigor, já dei comigo num espaço comercial do grande Porto a pensar como é agradável comer na praça da alimentação sem levar com o fumo do cigarro do vizinho do lado. Constatei igualmente como a secretária do Departamento lá da Universidade deixou de atender os utentes com um cigarro aceso na mão. O próprio comboio Intercidades, que de si já não cheira particularmente bem, passou a ser um local mais agradável, sobretudo junto às portas, onde se tendiam a concentrar os fumadores.

É verdade que ainda há problemas com a implementação da lei, mas... helloooou, isto é Portugal! Qual é a lei que não tem problemas de implementação?! Desde quando é que a brigada de trânsito multa todos os condutores que excedem os 120km/h na auto-estrada? Qual foi a última suinicultura multada pelas descargas na Ribeira dos Milagres (Leiria)?

O ar está mais puro e posso dizer que estou pouco preocupado com a minoria tiranizada pela nova lei. Aliás, atrevo-me a sugerir aos que sentem falta do ambiente de fumo nos restaurantes, que experimentem tomar a vossa próxima refeição em frente ao escape de um automóvel ligado. Ficariam com uma sensação semelhante à que eu experimento quando fumam ao meu lado enquanto eu degusto um belo bife à Portuguesa.

1700 euros!!!


Sim, este é preço que cada Indiano vai poder pagar por este carro! Chama-se Nano, foi apresentado ao mundo ontem e é o cavalo de batalha da indiana Tata para combater as inseguras motas e os poluentes rickshaws.
É verdade, este carro não anda mais de 95km/h. Mas para quem não sai da cidade, é uma velocidade perfeitamente aceitável, mais do que os "papa-reformas", e gasta uns frugais 5 l/100km.
Esta versão é para o modelo base para o mercado interno. Para cumprir com as normas europeias, será feita uma versão com outro motor, mais potente e necessáriamente mais caro. Mas... mas... mas... 1700euros? Mais do que isso, qualquer outro carro desvaloriza no primeiro ano! E, embora seja dramaticamente simples deve durar bem mais do que isso sem problemas.

Quem disse que a corrente low-cost se ficava pelo mundo das viagens?

(este automóvel levanta uma data de questões como as grandes disparidades de poder de compra, de custos de produção, de margens de lucro, de padrões de qualidade, das pegadas ecológica dos productos, and so on, que aqui deixo em aberto)

domingo, 6 de janeiro de 2008

Mudança do sistema de eleição do/a presidente dos States

Dada a importância / influência que os EUA têm no mundo, todas as pessoas inscritas nos cadernos eleitorais de todos países deveriam votar. E dar até oportunidade àquelas cujos países não são democracias.

O mundo concerteza seria melhor.

Claro que, para o mundo em geral, só existem 2 candidatos: a Hillary e o Barak. Os restantes são personagens americanos que só a Internet é capaz de trazer alguma luz sobre os seus perfis. pronto, o Giullianni também é conhecido.

Mas os 2 principais são conhecidos por serem esposa de um ex-presidente, traída (ambas as situações dão-lhe uns pontos) e por ser o tipo mais giro e apoiado pela Oprah Winfrey (ela própria, se se candidatasse seria uma séria possibilidade – ela transferiu esses pontos para o Obama), respectivamente.

A Europa apoiaria Obama, esperança de mudança do status quo.

Em quem votariam os países sul americanos?

A Venezuela, quem apoiaria? Bem da Venezuela seria um 50%, 50%, não adiantaria muito.

Mas e o Brasil? Como é que esses votariam? Esses são um perigo, são muitos e não sei se estariam preparados para uma mulher ou um preto na presidência…

Ainda bem que na China não se vota porque senão, nem precisava de haver votação em mais lado nenhum no mundo.

A Índia já tem experiência de mulheres na presidência, por isso, não sei se o Obama se safaria…

Enfim, as eleições seriam seguidas com muito mais atenção por todo o mundo e seria ainda mais interessante. Acima de tudo, justo!

Sonhos à parte, estas são eleições dignas de um grande país: tantos candidatos, aparentemente de grande qualidade; alguns com características diferentes do habitual, o que dá conta do verdadeiro cosmopolitismo e nível de evolução social; e com luta renhida entre vários de cada lado, esperando que o maior leque de escolha signifique maior exigência dos cidadãos e excelência dos candidatos (e seus mandatos).

Boa sorte Mundo! Boa sorte Estados Unidos!

Boa sorte Obama!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Epitomy

No ano de 2000, estava o nosso co-blogger Fernando a estudar nos Estados Unidos, fui visitá-lo a Tallahassee, FL. Logo no dia seguinte à chegada, levou-me a um bar que costumava frequentar.
Entrei para um sítio sem janelas (apesar de ficar ao nível do estacionamento traseiro, ficava abaixo do nível da rua), escuro, amplo. Um enorme balcão, uns grandes cilindros térmicos que guardavam diversos tipos de cafés a escolher e a beber em canecas de vidro, como se de cerveja se tratasse.
Olho em volta, já de caneca na mão, e reparo que naquele bar não havia uma peça de mobiliário igual. Cadeiras, mesas, poltronas, sofás. Todos diferentes, em côr, feitio, estado de conservação. Algumas das mesas estavam ocupadas, ora por universitários, ora por sem-abrigo, parecia que o stress do tempo tinha ficado á porta daquele bar. Ali se estudava, ali se lia, ali se vinha ter na certeza de que encontrava alguem com quem conversar.
Senti-me em casa.
A dada altura, o barman, apercebendo-se que eu era o "portuguese friend" pôs a tocar um CD que o "Antonio" lhe tinha oferecido. Madredeus. Ali. Foi um dos momentos da minha vida, daqueles em que os pêlos dos braços iriçam!

Quando decidi aceitar esta ideia do blog colectivo, agradou-me a ideia de não ser espartilhado por uma temática única, não ter que entrar em compromisso de estilo de escrita, não ter que ser impessoal. Quis abandonar o meu palanque de orador solitário, e entrar num espaço onde cada um pode falar do que quiser, quando quiser, para quem quiser, sem largar a minha escrita a tender pr'ó intimista.

Veio o momento de escolher o blog e curiosamente, ao fim de 2 páginas de possíveis nomes, e quando nos preparavamos para uma elaborada votação, a percepção que tinhamos chegado ao consenso há mais de uma hora em torno deste nome foi engraçado. Perceber que foi por razões diferentes também.
Um sofá é um local priveligiado para conversas, confidências. Com Sofá Station, imaginei um local de confluência de sofás, de confluência de pessoas, de confluência de conversas.
E a imagem daquele bar manhoso que, não fosse o preço do metro-quadrado, gostava de replicar em Portugal, voltou aos meus olhos.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Reveillon retro-avantajado

A Kláudia, nossa querida co-autora, foi a ala avançada do Sofa Station no Diz que é uma espécie de Reveillon. Para além de esperar uma reportagem completa sobre o acontecimento, tenho de confessar uma certa inveja por não ter visto a Sabrina ao vivo.