...tenha sido dar-me a mim mesmo um bilhete para "Ensaio sobre a cegueira".
Porquê?
Porque me pôs a pensar em tudo o que tomamos por garantido, e em como tudo se desmorona quando um dos seus pilares - neste caso a visão (grande eufemismo, tio José!) - cai.
Pensar nisto, em plena época natalícia, nos moldes que a mesma se apresenta hoje em dia, é no mínimo pertinente!
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4 comentários:
olá!
por acaso ja ha uns tempos que queria ver esse filme e ontem calhou ter tempo livre e estar pelo shoping(e nao haver mais nenhum filme em cartaz que me interessa-se) e fui ver o blindnes.
no minimo assustador, se pensarmos que é uma coisa possivel de acontecer e com muito mais probablidades do que a vinda de aliens ou aquelas perseguiçoes virtiginosas com explosoes fantasticas a que hollywood nos tem habituado!
Confesso que saí da sala de cinema bastante apreensivo e com aquela sensação que a cada piscar de olhos poderia começar a ver tudo branco...
abraço Pedro!
eu tb me ofereci uma ida solitária ao cinema... já há muito q nao o fazia, fui ver a turma.
qto ao ensaio sobre a cegueira, achei q havia demasiada violencia explicita, mas adorei os actores e, sem duvida, que me pos a pensar.
bom natal
:)
Achei o livro muito mais violento que o filme! Para mim,ambos (de formas diferentes), são dolorosamente excelentes.
eu adorei ambos (livro e filme) e concordo com a Mª alice, o livro é ainda mais violento
mas não achei a violência despropositada, achei integrada no contexto, que é, ele próprio, difícil
a leitura que faço do livro é de uma metáfora /parábola acerca de como alguma coisa nos turvou a vista e que, depois de nos habituarmos a esse estado, voltamos à organização vil da sociedade, mesmo numa situação mais enfraquecida
depois de explorarmos todos os nossos recursos e de nos matarmos uns aos outros, sobraram apenas alguns
de repente, há alguém (no filme, o cão) que passa por essa tentação animalesca (os cães a desfazerem um animal para se alimentarem) e cumpre a sua missão que é mimar os humanos (lamber as lágrimas da Julienne Moore)
parece que foi dada à humanidade uma nova oportunidade
foi o que eu percebi/ o que eu quis perceber o filme/livro
parece que Saramago faz sempre estas alegorias, qual caverna de Platão referindo-se ao capitalismo/comunismo
de facto nunca confirmei essa informação com alguém que percebesse do sentido oculto da escrita de Nobel
adorei, de qualquer forma
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