Fui habituado desde pequeno a evitar o desperdício, pois "é deitar dinheiro fora, e a vida não dá para isso". Numa população mundial que caminha para os 7 mil milhões, a questão de escassez de recursos ganha novos contornos.
Nas visitas que faço à Fnac e a outras livrarias e discotecas, assalta-me muitas vezes um sentimento de profundo desperdício.
Não vou falar sobre a opinião se determinado músico ou escritor mereciam sequer gastar uma folha de papel ou um cd. Estamos numa sociedade livre, democrática, essa questão nem se põe.
Mas quando penso na quantidade de livros e CDs que passam meses sem serem vendidos, que são postos à venda a preço de custo para -literalmente- desampararem a loja e mesmo assim sem sucesso, na quantidade de stocks que as lojas tem que ter para acautelar de uma procura não satisfeita, mais o stock dos distribuidores, para não falar na produção de tiragens maiores para conseguir economias de escala, penso na quantidade de arvores que foram deitadas abaixo desnecessariamente, na tinta que podia ter sido poupada, na quantidade de acrilico que não era necessário produzir se houvessem menos CDs em circulação.
Por isso vejo com bons olhos a massificação dos downloads de música (sejamos politicamente correctos) pagos. Também por isso, fiquei contente com o aparecimento de maquinas capazes de imprimir um livro com capa e costuras em poucos minutos, gastando recursos à estrita medida do necessário.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
boa descoberta
parece-me boa ideia imprimir na medida do necessário: nem mais, nem menos.
Viva o ambiente!
Enviar um comentário