sexta-feira, 11 de julho de 2008

Autismo, versão governamental

Ao ouvir o debate de hoje à tarde sobre o "Estado da Nação", interrogo-me sobre qual a razão que leva o Primeiro-Ministro José Sócrates a não responder às questões dos deputados da oposição... Já repararam? É absolutamente estupidificante ouvir aquelas respostas...

Francisco Louçã cita relatórios do Tribunal de Contas, dá exemplos da promiscuidade nas nomeações políticas para as empresas públicas e apresenta a evolução das estatísticas do desemprego ao longo do último mandato, o PSD invoca a alteração da conjuntura para questionar os investimentos públicos em infraestruturas e solicitar a apresentação dos custos e benefícios a elas associados, Paulo Portas lista as afirmações passadas que comprometem Sócrates, etc.

Da boca de Sócrates só ouvimos vulgaridades: desconversa, "chuta para canto", tregiversa, finge-se ofendido e chocado. Mas responder às questões... nada. Não há pachorra!!! Deve pensar que os portugueses são um bando de idiotas e ignorantes que se deixam convencer com aquela encenação. Se voltarmos a eleger aquele "senhor" para formar governo, temos aquilo que merecemos: alguém que sabe exactamente nada sobre coisa nenhuma e que se limita a decorar discursos e respostas devidamente elaborados por alguns acessores, que nem sequer são particularmente brilhantes.

1 comentário:

klaudia disse...

ou então, que sabe muito bem o que anda a fazer e é mestre na arte da desconversa.
Além dos factos narrados, o que me choca é a onda de impunidade, nomeadamente, dos mais influentes
É uma incapacidade de fazer cumprir o que "está certo" ou pelo menos, do que é legal
Parece que os que fizeram as coisas erradas não têm que ser castigados por isso, qual é a motivação que o comum do cidadão tem para cumprir a Lei??
E a seguir a isso, o que mais me chateia é o aparente desinteresse, 'look de other way' como se não fosse nada com eles, resignação, falta de reacção ESTRONDOSA da população em geral
quantos mails já toda a gente recebeu com aqueles salários infames de figuras públicas, quantas denúncias de corrupção, de tráfico de influências receberam? O que é que lhes acontece? Nada!
Nada...