Conheci a Gordana numa quinta-feira ao almoço há quase oito anos atrás. A minha amiga Arianna, linda filha do Mediterrâneo, tinha dito maravilhas dela e eu, solteiro e disponível, estava obviamente curioso para a conhecer.
O almoço foi animado. Éramos 4. Todos entre os 25 e os 30 anos. Eu, a Arianna (italo-espanhola), o Benjamin (espanhol) e a Gordana (Croata). Sempre que havia oportunidade, os europeus gostavam de conhecer outros europeus e dar umas "bicadas" na América que nos acolhia. Tínhamos uma relação de ambivalência com os Estados Unidos: um sistema educativo que nos permitia fazer um programa de doutoramento com muita qualidade, mas hábitos e costumes aos quais jurámos nunca nos converter.
Gordana era linda. Cabelo comprido liso, loiro da cor do sol, olhos azuis, lábios grossos e um sorriso sincero, enternecedor. Tinha namorado a viver em Tampa, Florida, a cerca de 4 horas de viagem de Tallahassee, onde estudávamos. Foi visitá-lo no fim de semana seguinte.
Morreu de acidente de automóvel no regresso, três dias depois de a ter conhecido. Assim. Estupidamente.
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2 comentários:
a vida prega cada partida...
é curioso como momentos tão efemeros nos marcam tão indelevelmente...
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