(reprodução de uma conversa que tive esta semana, com os nomes alterados)
- Boa tarde, posso falar com a Filomena?
- Está ao telefone, aguarda?
- Não é necessário, dê-me o e-mail novo dela, sei que vocês mudaram os endereços todos, ela depois responde-me.
- Sim, sim. Acho que é Filomena Silva...
- Com ponto no meio? Mas, nao era Filomena Gomes?
- Espere lá, ela desligou, vou-lhe passar e ela dá-lhe.
...
- Olá boa tarde, é Pedro da XPTO, Lda, diga-me uma coisa: casou-se? É que estava a pedir o seu e-mail novo, e a Andreia estava a dar-me filomena.silva e eu tinha aqui o antigo como filomena.gomes....
- Não, divorciei-me... fui casada 20 anos, este é o meu nome de baptismo.
(o silêncio, o embaraço, eu quero um buraco para enfiar a cabeça, JÁ! )
É o mal do meu serviço: lido com fornecedores e clientes por telefone, e-mail e fax há anos e poucos são os que conheci presencialmente. E com base na voz, no teor da conversa, conceptualizamos personagens. a Filomena desta história, pela sua jovialidade, imaginava-a com 26/27 anos. E arrisquei a graçola, que me correu mal :S
Mas isso deixou-me a pensar: porque raio as pessoas, ou melhor dizendo as mulheres, adquirem o nome de família do seu marido? O casamento transmuta-as? Aos homens não lhes é exigído tal violência...
Eu, pelo menos, se um dia me unir a alguém, não espero que esta altere mais de si do que metade do caminho para uma convivência saudável, muito menos o seu nome!
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1 comentário:
deixa lá essas gafes...
antes alguns embaraços, que deixar de dizer graçolas
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